A reforma ortográfica entrou em vigor no Brasil em 1º de Janeiro de 2009, é um acordo internacional feito pelos países que falam a língua portuguesa visando à simplificação da grafia e à unificação das regras do idioma.
De maneira geral, deixa praticamente intactas as regras de acentuação gráfica, mas suprime o trema, simplifica as regras do hífen e elimina as consoantes mudas, como a letra "c" da palavra “exacto”.
Além do Brasil, existem outros países que falam o português: Portugal, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste também terão que se adaptar às novas regras.
Como qualquer adaptação, a reforma ortográfica traz consigo algumas vantagens e desvantagens. Como aspectos positivos, destacamos:
- Redução dos custos de produção e adaptação de livros;
- Facilidade na aprendizagem da língua pelos estrangeiros;
- Simplificação de algumas regras ortográficas. E, como aspectos negativos ressaltamos:
- Todos que já possuem interiorizadas as normas gramaticais terão de aprender as novas regras;
- Surgimento de dúvidas;
- Adaptação de documentos e publicações.
As principais mudanças na ortografia são:
ALFABETO: de 23, passa a ter 26 letras, com a reintrodução das letras k, w e y – embora elas sempre tenham sido usadas em unidades de mediadas, por exemplo.
TREMA: não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ele deve ser pronunciado nos grupos gue, gui, que, qui.
· Ele permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas (Müller, mülleriano)
ACENTO AGUDO:
1- Não se acentuam ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
- Continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis,éu,éus,ói,óis, como papéis, herói,heróis,troféu,troféus.
2- Nas palavras paroxítonas,não se usa mais o acento no ‘i’, no ‘u’ tônicos quando escritos depois de um ditongo.
- O acento permanece em palavras oxítonas,em que o ‘i’ e o ‘u’ estiverem em posição final (ou seguidos de ‘s’), como em tuiuiú, Piauí.
ACENTO CIRCUNFLEXO: Não se acentua palavras em êem e ôo(s)
ACENTO DIFERENCIAL:
1- Não se usa mais o acento diferencial dos pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/ pela(s), pólo(s)/ pólos(s), pêra(s)/ pêra(s)
ATENÇÃO: Permanece o acento diferencial em:
- Pôde (passado do verbo poder) / pode (presente do verbo poder)
- Pôr (verbo)/por (preposição).
- Diferenciação de singular e plural dos verbos ter e vir e seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir, etc.)
- Ele tem dois cargos/ eles têm dois cargos.
- Ele vem de Campinas/ Eles vêm de Campinas.
- Ele mantém a palavra/ Eles mantêm a palavra.
HÍFEN:
Usa-se hífen quando:
1- O segundo elemento começar com h
OBS: Na palavra ’subumano’ o h desaparece
2- O primeiro elemento terminar com vogal ou consoante igual à letra que começar o segundo (exceto: cooperar, cooptar)
OBS: Essa é a regra já usada para usa o hífen em palavras como: sub-bibliotecário, inter-regional.
Não se usa hífen quando:
1- O primeiro elemento terminar com letra diferente da que começar o segundo.
2- O primeiro elemento terminar com vogal e o segundo começar com consoante exceto o h (anti-herói).
OBS: Quando a segunda palavra começar com R ou S essas letras devem ser dobradas.
3- O primeiro elemento terminar com consoante e o segundo começar com vogal (exceção, como mal-estar)
OBS: O hífen permanece quando o prefixo terminar em R (hiper, inter, super) e o segundo elemento também começar com R. Exemplos: hiper-requintado, inter-relacionado, super-resistente.
4- Em certas palavras compostas que perderam a noção de composição: escreva, girassol, mandachuva, paraquedas, paraquedistas.
O poço do oposto
1º revisão: Giulia
2º revisão: Jéssica
3º revisão: Maria Luiza
Nenhum comentário:
Postar um comentário